Resumo: O Código de Hamurabi


História do Direito


Resumo sobre  Os Direitos Cuneiformes


O Código de Hamurabi

 
Resumo Código de Hamurabi



É conhecido como a mais célebre das codificações da antiga Mesopotâmia, escrita em caracteres cuneiformes num grande maciço de pedra diorite. Foi, durante décadas, equivocadamente alardeada como a mais antiga manifestação escrita de direito.

Hamurabi (1726 - 1686 a.c.) foi o responsável por todo o esplendor alcançado pela Babilônia, principalmente depois de tê-la transformado num grandioso império.

Declarando-se como supremo governante de seu país e protetor de sua nação, uma espécie de executor da justiça, elaborou seu código, onde retomou algumas leis sumerianas anteriores entre outras.

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As penas previstas nesse código eram severas e, não raro, previam penas de morte e mutilação. Adotava-se recorrentemente a "Pena de Talião" (olho por olho, dente por dente) e também algumas penas pecuniárias.

Não se sabe muito bem o procedimento, mas sabe-se que em algumas vezes utilizavam-se critérios chamados "ordálios", uma infinidade de praticas adivinhatórias que decidiam sobre a culpa do indivíduo.

Muito mais ampla do que as codificações anteriores a ela, destacava-se a orbe do direito civil. Sob a égide legal, os mesopotâmios exerciam práticas como compra e venda, arrendamento, títulos de crédito à ordem, entre outros.

O Direito da época chegou a criar técnicas de contrato que, ainda que abstratas, foram bem sistematizadas quando herdadas pelos romanos.

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O Código de Hamurabi é reconhecido como um dos mais antigos conjuntos de leis escritas da história. Originário da antiga Mesopotâmia, um berço de civilizações antigas situado entre os rios Tigre e Eufrates, este código é um reflexo marcante das práticas sociais, econômicas e jurídicas de sua época. Datado de aproximadamente 1754 a.C., este conjunto de leis foi nomeado após o rei Hamurabi de Babilônia, um dos mais proeminentes monarcas daquela região, que governou por quase 42 anos.

A descoberta deste código foi crucial para a compreensão do desenvolvimento jurídico e social do ser humano. Antes de sua descoberta, pouco se sabia sobre as leis que regiam as sociedades do antigo Oriente Próximo. A descoberta do Código de Hamurabi não apenas preencheu lacunas significativas em nosso entendimento daquela era, mas também ofereceu uma perspectiva detalhada sobre a estrutura das sociedades antigas, seus valores e a maneira como a justiça era administrada.

O período de Hamurabi é frequentemente descrito como a "Era de Ouro" da Babilônia devido aos avanços significativos em áreas como arte, arquitetura e, claro, legislação. O rei Hamurabi, com sua visão estratégica e habilidade diplomática, conseguiu unificar várias cidades-estado independentes, criando um império poderoso e coeso. Foi nesse contexto de unificação e estabilização que o Código de Hamurabi foi concebido, como uma tentativa de padronizar as leis e práticas em todo o império.

O Código de Hamurabi não era apenas um conjunto de leis, mas também um instrumento político e social. Ele visava estabelecer uma ordem social justa, garantindo a proteção dos mais fracos, como mulheres, crianças e escravos, contra abusos e injustiças. Esse aspecto do código reflete o caráter progressista e humanitário de algumas das leis, que eram avançadas para a época.

O prólogo do Código de Hamurabi é um elemento fascinante, pois não apenas apresenta as leis, mas também ilustra a relação entre a divindade e o rei. O prólogo enfatiza que Hamurabi foi escolhido pelos deuses, especialmente pelo deus Marduk, para estabelecer a justiça na terra e proteger os fracos e os oprimidos. Essa conexão divina não apenas reforçava a autoridade do rei, mas também destacava o aspecto sagrado e inviolável das leis.

As leis do Código de Hamurabi cobriam um espectro amplo de aspectos da vida cotidiana. Elas incluíam leis sobre propriedade, comércio, família, trabalho e outras áreas. Essa abrangência revela a complexidade e a sofisticação da sociedade babilônica daquela época, bem como a necessidade de um sistema jurídico detalhado para gerenciar as relações sociais e econômicas.

O código era altamente organizado. Cada lei seguia uma fórmula específica, começando pela descrição da situação, seguida pela decisão legal pertinente e, em muitos casos, a sanção para quem desobedecesse. Essa estrutura não apenas facilitava a compreensão e a aplicação das leis, mas também estabelecia um precedente para a codificação de leis em civilizações subsequentes.

A importância do Código de Hamurabi transcende o âmbito jurídico. Como um dos mais antigos documentos escritos a sobreviver até os dias atuais, ele oferece uma janela para a vida, a cultura e as leis de uma das primeiras grandes civilizações da humanidade. O estudo do código continua sendo fundamental para os historiadores, arqueólogos e juristas, fornecendo insights valiosos sobre a evolução da justiça e da sociedade humana.

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Direitos Reprodutivos das Mulheres no Código de Hamurabi

Não há dúvidas de que, hoje, os Direitos das Gestantes no Trabalho, na vida social e na saúde são reconhecidos como salvaguarda da civilização - não poderia ser diferente, pois a continuidade da espécie humana depende, essencialmente, da proteção da maternidade.

Não são raros os casos em que, hoje, a mulher grávida depende da intervenção do Estado, como no caso da mulher demitida grávida, da mulher que sofre preconceitos no ambiente do trabalho, no não atendimento pelo SUS e pelos planos de saúde, bem como em casos de violência.

Ocorre que as preocupações com os direitos reprodutivos da mulher não se iniciam no nosso século - nem mesmo no século passado. O código de hamurabi já versava sobre a questão, apesar que de maneira atrelada aos fatores culturais de seu tempo.

As leis detalhavam tanto a compensação por abortos causados por agressões quanto as penalidades correspondentes à gravidade do ato, variando de acordo com o status social da mulher e as consequências do ato:

Compensação por Aborto Induzido em Mulher Livre

Segundo a lei 209, se uma mulher livre sofresse um aborto devido a uma agressão, o agressor era obrigado a pagar dez siclos de prata como compensação pelo feto.


Pena por Morte da Mulher Livre

A lei 210 estipulava que, se a agressão resultasse na morte da mulher livre, a pena para o agressor era a morte de seu próprio filho, refletindo o princípio de reciprocidade e equivalência.


Compensação por Aborto Induzido em Filha de Liberto

De acordo com a lei 211, se a vítima do aborto induzido por violência fosse a filha de um liberto, o pagamento de compensação estabelecido era de cinco siclos.


Pena por Morte da Filha de Liberto


Se a filha de um liberto morresse em consequência da agressão, a lei 212 determinava que o agressor pagasse meia mina de prata.


Compensação por Aborto Induzido em Serva


A lei 213 estabelecia que, no caso de uma serva sofrer um aborto devido a uma agressão, o responsável deveria pagar dois siclos de prata ao proprietário da serva.


Pena por Morte da Serva


Finalmente, a lei 214 prescrevia que, se a serva morresse em decorrência da agressão, o agressor deveria pagar um terço de uma mina de prata como compensação. 


Princípios e Características Jurídicas do Código de Hamurabi

O Código de Hamurabi não é apenas notável por sua antiguidade, mas também por suas características jurídicas inovadoras e seus princípios, que refletem uma compreensão sofisticada da justiça e da governança. Este conjunto de leis estabelece o alicerce para muitos conceitos jurídicos que são fundamentais até os dias de hoje.

Princípio da Legalidade e da Publicidade


O código é um dos primeiros exemplos conhecidos do princípio da legalidade, afirmando que as ações devem ser baseadas em leis pré-estabelecidas e não na vontade arbitrária do governante. A estela de basalto, onde o código foi inscrito, era acessível publicamente, assegurando que todos conhecessem as leis e seus respectivos deveres e direitos.


Lei de Talião: Justiça Retributiva


Uma das características mais notórias do Código de Hamurabi é o princípio da "Lei de Talião", muitas vezes resumido pela máxima "olho por olho, dente por dente". Este princípio estabelecia uma forma de justiça retributiva, buscando equilibrar o delito e a punição. Embora possa parecer severo, o objetivo era limitar a vingança e garantir que a penalidade fosse proporcional ao crime cometido.


Hierarquia Social e Diferenciação nas Leis


O código reconhecia explicitamente a hierarquia social, aplicando leis e penalidades diferentes para os três grupos principais: os "awilum" (elite livre), os "mushkenum" (indivíduos dependentes do rei) e os escravos. Esta diferenciação é evidente nas penalidades por delitos semelhantes, que variavam significativamente dependendo do status social das partes envolvidas.


Proteção dos Vulneráveis


Apesar da estratificação social, o código também demonstrava preocupação com a proteção dos vulneráveis, como mulheres, crianças e escravos. Leis específicas buscavam proteger esses grupos de abusos e injustiças, estabelecendo penalidades para crimes como maus-tratos e exploração.


Contratos e Propriedade


O Código de Hamurabi contém numerosas leis sobre contratos, propriedade, empréstimos e dívidas, demonstrando uma compreensão sofisticada das necessidades econômicas e sociais da sociedade. As leis buscavam promover a justiça e a ordem nas transações comerciais e nas relações de propriedade.


Procedimentos Legais


O código também estabelecia procedimentos para o sistema judicial, incluindo o testemunho de testemunhas, a apresentação de evidências e o processo de julgamento. Essas disposições indicam a existência de um sistema jurídico relativamente avançado, com mecanismos para assegurar que a justiça fosse feita de maneira ordenada e deliberada.

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